Câmbios automáticos: 4 dicas para fazer a escolha certa

13 de junho de 2023 6 mins. de leitura

Carros com câmbio automático já são mais vendidos que os manuais, com muitas pessoas adquirindo um automóvel do tipo pela 1ª vez

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Houve uma época em que os câmbios automáticos eram restritos aos automóveis de luxo ou às versões mais caras de um modelo. Entretanto, nos últimos dez anos, a oferta desse tipo de câmbio aumentou exponencialmente no mercado brasileiro, acompanhando uma exigência dos consumidores. Com isso, a partir de 2021, os carros automáticos se tornaram até mais populares do que aqueles com câmbio manual, já sendo mais de 55% dos emplacamentos.

Nesse contexto, muitas pessoas estão adquirindo automóveis que não demandam trocas de marcha pela primeira vez, então é comum que tenham dúvidas sobre como escolher o melhor câmbio automático, se dá problema ou exige mais manutenção, entre outras questões.

O primeiro ponto, nesse sentido, é entender que os câmbios automáticos não são todos iguais. Existem opções com tecnologias diferentes, além de diversas marcas e especificações. Inclusive, um mesmo modelo de automóvel pode ter tipos de câmbio distintos, dependendo do ano de fabricação.

A seguir explicamos quais são os principais fatores ou as características que você deve considerar para escolher uma boa caixa automática no seu próximo carro.

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1. Conheça os tipos de câmbio automático

Existem vários tipos de carro automático, com tecnologias que partem de princípios diferentes, portanto elas também funcionam de formas variadas e exigem certos cuidados tanto na hora da compra quanto no uso e na manutenção.

Os tipos de câmbio automático podem ser divididos em quatro.

  1. Automático tradicional: é o tipo mais comum, com um conversor de torque fazendo a comunicação entre o motor e a transmissão. Esse conversor de torque tem um fluido hidráulico que aumenta de pressão conforme o carro acelera, de modo que as marchas mudam automaticamente.
  2. Câmbio CVT: é uma sigla, em inglês, para transmissão continuamente variável. Não existe uma relação de marchas com engrenagens fixas, mas sim uma polia com inúmeras variações possíveis. Os carros CVT mais modernos simulam determinado número de marchas para se aproximar do automático tradicional.
  3. Automatizado: muitos carros vendidos como automáticos têm, na verdade, um câmbio manual, porém um robô faz o acionamento da embreagem e a troca de marcha.
  4. Automatizado com dupla embreagem: como o nome sugere, há duas embreagens, de modo que a próxima marcha sempre está engatada. Isso garante um funcionamento bem mais suave e rápido do que em outros carros automatizados.

É importante dizer que há boas opções de automóveis em todas as categorias, até porque há inúmeras alternativas de câmbios automáticos em cada uma, com enormes diferenças entre si.

Existem diversos tipos de câmbios automáticos (Fonte: GettyImages)
Existem diversos tipos de câmbio automático. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

2. Informe-se sobre todas as características do câmbio

Há muitas outras características que distinguem um carro automático de outro. A principal delas é o número de marchas, o que faz muita diferença não só na experiência ao dirigir, mas também na economia de combustível.

Os câmbios automáticos tradicionais costumavam ter apenas quatro marchas, depois passaram a oferecer cinco; agora, o comum é ter seis. Contudo, no mercado de usados, ainda é comum encontrar carros relativamente recentes com câmbios de quatro marchas, já ultrapassados.

Há carros automáticos que oferecem opção de trocas manuais pelo câmbio ou em alavancas atrás do volante, além das opções de modos de condução esportivo ou econômico, que mudam a forma como o carro se comporta. Observe se o modelo que você está buscando oferece essas opções extras.

Ainda, é interessante observar que nem todas as fabricantes de automóvel utilizam câmbios automáticos de fabricação própria. Dessa maneira, carros de marcas diferentes podem usar o mesmo modelo de câmbio. É o caso da Fiat, que usa câmbios Toyota na linha 2023, ou da caixa automática Aisin, usada em vários modelos Jeep, Fiat, Volkswagen, Peugeot e Citroën.

3. Analise as características de condução

Durante muito tempo, existiu uma crença de que os carros automáticos ofereciam menos prazer ao dirigir, enquanto os manuais eram necessariamente mais esportivos. Isso até podia ser verdade em décadas passadas, mas não se comprova nos modelos atuais, já que há diversos automóveis superesportivos com câmbio automático ou automatizado.

Embora os câmbios CVT, por exemplo, sejam mais voltados à economia e ao conforto, enquanto os automatizados de dupla embreagem tendam a ser mais esportivos, isso depende bastante de cada marca e modelo. Por isso, é importante ler testes em publicações confiáveis, procurar a opinião de donos em fóruns na internet e fazer um test drive na concessionária.

Se você busca apenas conforto no trânsito da cidade, um automático tradicional com quatro marchas pode ser o suficiente. Já para quem faz questão de uma tocada mais empolgante ao dirigir na estrada, um carro com mais de seis marchas ou um automatizado de dupla embreagem seriam mais indicados. É uma escolha pessoal, mas que demanda conhecimento.

Há carros automáticos que oferecem a opção de trocas manuais para uma direção esportiva (Fonte: GettyImages)
Há carros automáticos que oferecem a opção de trocas manuais, para uma direção esportiva. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

4. Pesquise sobre o pós-venda do modelo

Outra lenda comum sobre os câmbios automáticos é que eles geram um consumo de combustível maior. Nos tempos atuais, a diferença é muito pequena, e o automático pode até consumir menos em alguns modelos. Nos câmbios CVT, isso é muito comum, aliás.

Dito isso, é interessante pesquisar se o modelo que você está procurando tem uma diferença muito relevante no consumo entre as versões manual e automática. Além disso, faça uma boa pesquisa sobre a manutenção do automóvel que você quer comprar: observe se existe algum problema crônico relatado ou cuidados específicos que você deva manter.

De qualquer maneira, conforme os carros automáticos se popularizam, os custos para mantê-los estão diminuindo sensivelmente — e não são muito mais altos que nas versões manuais.

Observando essas quatro questões, você provavelmente fará uma boa escolha e aproveitará bastante o conforto dos câmbios automáticos.

Fonte: Meu Câmbio Automático, PodCar, Mobiauto, Estadão

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